O carnaval em Visconde do Rio Branco, na Zona da
Mata, foi adiado devido à crise hídrica que atinge o município. O comunicado
foi feito à imprensa na manhã desta terça-feira (3). A nova data ainda não foi
marcada, mas é possível que seja em abril, quando há previsão de que o volume
de água na cidade já tenha aumentado a ponto de promover o evento, conforme
informou, em nota, a assessoria da Prefeitura.
De acordo com a administração municipal, a Companhia
de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou, em uma reunião com
representantes da Prefeitura e do Ministério Público (MP), que, mesmo que haja
chuvas recorrentes na região até o início da festa, o volume não seria
suficiente para a normalização do abastecimento de água. A Prefeitura informou
que problemas de abastecimento enfrentados pela população são decorrentes da
falta de investimentos que deveriam ter sido realizados pela Copasa. O G1
entrou em contato com a companhia e aguarda retorno.
"A Prefeitura fez todos os esforços possíveis,
e trabalhou até o último momento, no sentido de garantir que a festa ocorresse
na cidade, dada a manifestação cultural gratuita oferecida à população, além da
importância econômica que tem para os rio-branquenses, com a geração de
empregos diretos e indiretos, além do movimento de bares, restaurantes, hotéis,
entre outros, que giram mais de R$ 500 mil na cidade durante o período,
beneficiando o comércio local", diz trecho da nota. A assessoria afirmou
que o adiamento do carnaval foi a solução definida com os blocos, escolas de
samba e associações. Segundo a assessoria, a administração municipal se
comprometeu a disponibilizar a infraestrutura necessária para a realização do
evento na nova data.
Soluções para a crise hídrica
De acordo com a administração municipal, o volume de
chuva no município ficou abaixo da média prevista para o mês de janeiro. Além
disso, informou que os problemas enfrentados pela população se devem à falta de
investimentos que deveriam ter sido realizados pela Copasa ao longo dos últimos
20 anos. Diante disso, garantiu que está realizando investimentos e ações para
ampliar a capacidade de armazenagem e abastecimento da cidade, mesmo que isso
seja obrigação da companhia. O G1 entrou em contato com a assessoria da Copasa
e aguarda posicionamento sobre o assunto.
Segundo a Prefeitura, a principal obra para reverter
a situação é a ampliação da calha da barragem do Córrego Santa Maria, a fim de
aumentar o armazenamento de águas das chuvas de 4.000 para 12.000 metros
cúbicos. A assessoria ressaltou que a execução das obras é função da Copasa,
mas que o trabalho foi antecipado pelo Executivo. O acordo entre a Prefeitura e
a Copasa prevê o ressarcimento aos cofres públicos por meio de abatimento nas
contas de água dos órgãos municipais.
Em nossa região o carnaval está confirmado, mas em
cidades como Visconde do Rio Branco e Rodeiro, devido a crise hídrica e em
Santos Dumont e Tocantins causado, segundo os administradores, por causa da
situação financeira.
Transcrito do Portal
G1 - Zona da Mata