O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC Viçosa) registrou inflação de 0,33%, em dezembro de 2016.
Com o resultado, o ano fechou com um acumulado de 12,77%. Resultado superior ao teto da meta da inflação, que é de 6,5%, estipulada pelo Banco Central para a economia brasileira no ano corrente.
De acordo com o Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), após o mês de novembro sofrer uma redução de -5,18 no custo da cesta básica, em dezembro, houve aumento de 3,62%. Passando de R$ 313,82 para R$ 325,19, ou seja, R$ 11,37 mais cara.
No acumulado de 2016, o valor da cesta básica ficou 12,72% maior, superando a variação positiva de 9,44% em 2015. Os aumentos do feijão vermelho - 144,85%, da banana prata - 68,21%, do açúcar cristal - 40,14% e do leite pasteurizado - 30,05%, pesaram no bolso do consumidor este ano.
De acordo com a pesquisa, para o feijão vermelho, a alta se justificou pela diminuição da oferta do grão decorrente de chuvas intensas ou calor excessivo ao longo do ano. Quanto à banana prata, os preços mais altos foram também decorrentes de diminuição da oferta em função de geadas e do frio intenso nas regiões produtoras.
No caso do açúcar cristal, a demanda externa aquecida, elevou a exportação do produto ao longo de 2016, reduzindo a oferta interna e aumentando, consequentemente, o preço. Já o leite pasteurizado ficou mais caro em 2016 em virtude da elevação significativa nos custos de produção dos pecuaristas.
Grupos do IPC Viçosa
Em 2016, todos os sete grupos que compõem o IPC Viçosa tiveram variações positivas de preço (veja a tabela abaixo). Os dois grupos de maior destaque foram Alimentação e Saúde e Cuidados Pessoais que representaram, respectivamente, 38,21% e 28,04% do referido índice em 2016.
No caso do Grupo Alimentação, fatores climáticos como chuvas intensas, secas e estiagens reduziram a oferta dos produtos agrícolas e provocaram o aumento de preços para os produtos.
Já para o Grupo Saúde e Cuidados Pessoais, destacaram-se as altas de preços verificadas no item Higiene e Cuidados Pessoais decorrentes do aumento na alíquota do Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), assim como do reajuste significativo no preço do subgrupo "Remédios" ocorrido em abril de 2016.
A pesquisa, que pode ser consultada no site da Universidade, considera como público-alvo uma família de quatro pessoas, com renda entre um e seis salários mínimos. O Departamento de Economia da UFV acompanha a evolução dos preços dos bens e serviços pagos pelos consumidores viçosenses desde 1985.
Grupos IPC Viçosa | Variações Positivas |
---|---|
Alimentação | 17,92% |
Vestuário | 5,74% |
Habitação | 6,05% |
Artigos de Residência | 13,17% |
Transporte e Comunicação | 5,47% |
Saúde e Cuidados Pessoais | 23,04% |
Educação e Despesas Pessoais | 14,48% |
Transcrito do Portal G1 - Zona da Mata