Exames laboratoriais feitos no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) concluíram que os materiais encontrados em um curral na zona rural de Tabuleiro, não são meteoritos.
A informação foi confirmada pela professora e pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, que, desde a quarta-feira (06/08), participava da análise das amostras.
"Hoje nós confirmamos que este mineral não está presente na espectroscopia raman - técnica que utiliza a interação da luz – no exame que realizamos. Embora tenha presença de níquel e outros elementos químicos que compõem um meteorito, infelizmente não é meteorito. Estávamos em busca do mineral enstatita na composição, mas não encontramos". Ainda conforme a pesquisadora, uma das maiores especialistas no assunto no Brasil, os fragmentos são de rocha terrestre, possivelmente de calcário, com presença também de quartzo calcita e dolomita.
Ela não descartou totalmente a queda do meteorito, mas, dos materiais analisados, nenhum têm a composição meteorítica.
"Por ser que tenha sido um meteorito e que esteja por lá. Mas só com o tempo mesmo ou nunca será achado".
Estrondo assustou moradora
O caso intriga a família desde o sábado (02/08), após um estrondo e a retirada de parte do telhado do curral. Na gravação, galinhas e alguns bovinos que estavam no local se assustam com o barulho e se afastam do ponto onde as telhas se movem. As imagens também mostram a formação de um redemoinho de poeira.
“Minha tia estava dentro de casa, quando ouviu um estrondo, os animais se assustando e uma poeira subindo. Na hora ela ficou bem assustada”, explicou Ramires Lopes, sobrinha da proprietária do sítio.
"É uma pena. Mas tiramos a dúvida, pelo menos", disse Ramires.
Transcrito do Portal G1 - Zona da Mata