Mais relatos de vítimas, apelos
desesperados de mães e pais e boatos capazes de deixar cidades inteiras
alarmadas são os novos lances em Minas Gerais do “Baleia Azul”, jogo macabro que vem induzindo crianças e
adolescentes à automutilação e ao suicídio. Na Zona da Mata, mães de dois
jovens moradores de Manhuaçu e Leopoldina procuraram autoridades para denunciar
o envolvimento dos filhos com o game e cobrar providências.
Depois do registro de duas mortes em
Minas Gerais – uma em Belo Horizonte e outra em Pará de Minas –, em que foi
levantada a possibilidade de relação com o jogo, o perigo avança pelo interior
do estado. A Polícia Civil já investiga dois casos de morte que levantaram
suspeita de familiares sobre o jogo.
Em Manhuaçu, também na Zona da Mata, uma
adolescente de 13 anos deixou ontem o hospital depois de ser encontrada
desmaiada dentro de casa, na madrugada de segunda. Ela ingeriu cartelas de um
medicamento para tratamento de epilepsia e outra para dores musculares. Segundo
a familiar da garota, o braço dela estava com arranhados. “Encontrei uma lâmina
próximo à cama dela, mas não era desenho de baleia”, comentou.
Como
surgiu o jogo Baleia Azul
Segundo levantamento da Polícia Federal,
o nome do game teria relação com o comportamento suicida de baleias, que em
certas circunstâncias forçam o encalhe coletivo em praias. O jogo que se
disseminou pelo mundo surgiu na Rússia em 2015.